A ecocardiografia transtorácica é um dos exames mais solicitados na cardiologia por sua capacidade de avaliar, de forma não invasiva, a estrutura e o funcionamento do coração.
Utilizando ondas de ultrassom, o procedimento fornece imagens em tempo real que ajudam a diagnosticar diversas condições cardíacas, como insuficiência cardíaca, valvopatias e cardiopatias congênitas. Além de ser indolor e seguro, o exame é amplamente acessível e essencial no acompanhamento de pacientes com suspeita ou histórico de doenças cardiovasculares.
Você vai entender o que é a ecocardiografia transtorácica, como ela é feita, para quem é indicada e quais os principais benefícios desse exame. Se você tem dúvidas sobre esse procedimento ou quer saber mais sobre sua importância na prática clínica, continue a leitura.
O que é ecocardiograma transtorácico?
O ecocardiograma transtorácico é um exame de imagem que utiliza ultrassom para visualizar o coração em tempo real, permitindo avaliar sua anatomia e funcionamento. Por meio de um transdutor posicionado sobre o tórax, próximo ao coração, o aparelho emite ondas sonoras que retornam em forma de ecos, gerando imagens detalhadas das câmaras cardíacas, válvulas, fluxo sanguíneo e movimento do músculo cardíaco.
Esse método é considerado padrão na avaliação inicial de pacientes com suspeitas de doenças cardíacas, por ser não invasivo, indolor e amplamente disponível. Além disso, fornece informações essenciais para o diagnóstico de diversas condições, como sopros cardíacos, insuficiência cardíaca, doenças das válvulas e cardiomiopatias.
Por sua praticidade e segurança, o ecocardiograma transtorácico é indicado tanto em situações de emergência quanto em acompanhamentos de rotina, sendo uma ferramenta indispensável na prática cardiológica moderna.
8 doenças que podem ser detectadas com a ecocardiografia transtorácica
Arritmias
A ecocardiografia transtorácica pode ser uma aliada importante na investigação de arritmias cardíacas, embora não registre diretamente a atividade elétrica do coração como o eletrocardiograma. O exame contribui identificando alterações estruturais ou funcionais que podem estar associadas às arritmias, como aumento de câmaras cardíacas, disfunção ventricular ou presença de trombos intracardíacos.
Por exemplo, em pacientes com fibrilação atrial, o ecocardiograma pode avaliar o tamanho do átrio esquerdo e a função do ventrículo, informações cruciais para definir o tratamento e o risco de complicações, como o AVC.
Oexame pode indicar cardiopatias subjacentes que predispõem às arritmias, como miocardiopatias ou valvopatias. Embora não substitua exames eletrocardiográficos, a ecocardiografia transtorácica fornece dados fundamentais para o diagnóstico completo e manejo adequado das arritmias, orientando decisões clínicas com maior segurança e precisão.
Sopros cardíacos
Os sopros cardíacos são sons anormais percebidos durante a ausculta do coração e podem indicar alterações no fluxo sanguíneo dentro das câmaras cardíacas ou nas válvulas. A ecocardiografia transtorácica é o principal exame para investigar a origem desses sopros, permitindo visualizar em tempo real o funcionamento das válvulas cardíacas e o padrão do fluxo sanguíneo.
Com ela, é possível identificar se o sopro é inocente (sem significância clínica) ou se está relacionado a condições como estenose ou insuficiência valvar. O exame também mede a gravidade dessas alterações e avalia o impacto no funcionamento do coração como um todo.
Isso é fundamental para definir se o paciente precisa apenas de acompanhamento ou de intervenções específicas, como cirurgia ou uso de medicamentos. Assim, a ecocardiografia transtorácica é essencial para transformar um achado clínico auscultatório em um diagnóstico preciso e confiável.
Inflamação nos tecidos de revestimento cardíaco
A ecocardiografia transtorácica é uma ferramenta fundamental na detecção de inflamações nos tecidos de revestimento do coração, como ocorre na pericardite e na endocardite. No caso da pericardite, o exame pode identificar o espessamento do pericárdio, acúmulo de líquido ao redor do coração (derrame pericárdico) e sinais de compressão cardíaca, quando presentes.
Já na endocardite, que afeta o revestimento interno das câmaras e válvulas cardíacas, a ecocardiografia pode revelar vegetações (acúmulos de material infeccioso) aderidas às válvulas, além de avaliar o grau de comprometimento funcional causado por essas lesões.
Embora a ecocardiografia transesofágica ofereça imagens mais detalhadas em certos casos, a versão transtorácica é frequentemente o primeiro passo diagnóstico, sendo acessível e capaz de identificar sinais sugestivos dessas inflamações. A detecção precoce é crucial para iniciar o tratamento adequado e evitar complicações graves como insuficiência cardíaca ou embolias.
Insuficiência cardíaca
A insuficiência cardíaca é uma condição em que o coração perde a capacidade de bombear sangue de forma eficiente para atender às necessidades do corpo. A ecocardiografia transtorácica é o principal exame utilizado para diagnosticar e acompanhar essa doença, pois permite avaliar em tempo real o funcionamento das câmaras cardíacas, especialmente dos ventrículos.
O exame mede a fração de ejeção, que indica quanto sangue o ventrículo esquerdo consegue ejetar a cada batimento — um dos parâmetros mais importantes na avaliação da insuficiência cardíaca.
Pode identificar alterações estruturais, como dilatação do coração ou espessamento das paredes, e verificar a função das válvulas cardíacas, que muitas vezes contribuem para o quadro clínico. Com essas informações, o médico pode classificar o tipo e a gravidade da insuficiência cardíaca e definir o tratamento mais adequado, incluindo mudanças no estilo de vida, uso de medicamentos ou intervenções mais invasivas.
Pós-infarto
Após um infarto do miocárdio, a ecocardiografia transtorácica é essencial para avaliar os danos causados ao músculo cardíaco e orientar o tratamento. O exame permite visualizar áreas do coração que perderam a capacidade de se contrair adequadamente, indicando regiões com isquemia ou necrose.
Ele avalia a função global do ventrículo esquerdo, que costuma ser comprometida após um infarto, e pode detectar complicações como aneurisma ventricular, ruptura de parede ou presença de trombos intracardíacos. A ecocardiografia também ajuda a monitorar a evolução do paciente durante a recuperação, verificando se há melhora da função cardíaca ou surgimento de novas alterações.
Por ser não invasiva, acessível e de rápida realização, a ecocardiografia transtorácica é um exame indispensável no acompanhamento de pacientes no período pós-infarto, oferecendo informações valiosas que influenciam diretamente nas decisões clínicas e prognósticas.
Cardiopatias congênitas
As cardiopatias congênitas são malformações do coração presentes desde o nascimento e que podem afetar a estrutura das câmaras, válvulas ou vasos sanguíneos. A ecocardiografia transtorácica desempenha um papel fundamental no diagnóstico dessas condições, pois permite a visualização detalhada das anomalias anatômicas e funcionais do coração, sem a necessidade de procedimentos invasivos.
Com o exame, é possível identificar defeitos como comunicação interatrial, comunicação interventricular, coarctação da aorta e outras alterações que comprometem a circulação sanguínea normal.
A ecocardiografia ajuda a avaliar o impacto dessas cardiopatias no funcionamento cardíaco, orientando o planejamento do tratamento, que pode incluir desde o acompanhamento clínico até intervenções cirúrgicas. Por sua segurança e precisão, a ecocardiografia transtorácica é a primeira escolha para detectar e monitorar cardiopatias congênitas em pacientes de todas as idades.
Aneurisma da aorta (aorta dilatada)
O aneurisma da aorta, caracterizado pela dilatação anormal dessa importante artéria, pode ser detectado precocemente pela ecocardiografia transtorácica.
O exame permite visualizar a aorta ascendente e avaliar seu diâmetro, identificando dilatações que indicam enfraquecimento da parede arterial. Essa condição é grave, pois o aneurisma pode crescer silenciosamente e, em casos extremos, levar à ruptura, colocando a vida em risco. A ecocardiografia transtorácica oferece uma avaliação rápida, segura e não invasiva, sendo fundamental para o diagnóstico inicial e para o acompanhamento da progressão do aneurisma.
O exame ajuda a identificar outras alterações associadas, como a presença de insuficiência da válvula aórtica causada pela dilatação. Com essas informações, o cardiologista pode decidir o melhor momento para intervenções cirúrgicas ou o uso de medicamentos para controlar fatores de risco, prevenindo complicações graves.
Tumores e coágulos
A ecocardiografia transtorácica é essencial para a detecção de tumores e coágulos no interior do coração, que podem interferir no funcionamento normal do órgão. O exame possibilita a visualização de massas anormais nas câmaras cardíacas ou aderidas às válvulas, diferenciando entre tumores benignos, como mixomas, e coágulos sanguíneos que podem se formar em situações de fluxo sanguíneo lento ou em pacientes com arritmias.
A presença dessas estruturas pode causar obstrução ao fluxo, embolias ou insuficiência valvar, sendo fundamental identificá-las rapidamente. A ecocardiografia oferece imagens claras e detalhadas, ajudando na avaliação do tamanho, localização e mobilidade dessas massas, informações cruciais para o planejamento do tratamento, que pode variar desde acompanhamento clínico até intervenções cirúrgicas.
Assim, esse exame é uma ferramenta indispensável para o diagnóstico e manejo de tumores e coágulos cardíacos.
Como é feito o ecocardiograma transtorácico?
O ecocardiograma transtorácico é um exame simples, rápido e indolor, realizado em ambiente hospitalar ou clínicas especializadas. O paciente permanece deitado em uma maca, geralmente do lado esquerdo, para facilitar a captação das imagens cardíacas. O técnico ou cardiologista aplica um gel condutor sobre o tórax, que melhora a transmissão das ondas de ultrassom emitidas pelo transdutor.
Em seguida, o aparelho é posicionado em diferentes pontos do tórax para captar imagens detalhadas do coração. Durante o exame, o paciente pode ser solicitado a prender a respiração ou mudar de posição para otimizar a visualização.
As imagens são exibidas em tempo real em um monitor, permitindo a avaliação dinâmica das estruturas cardíacas. Todo o procedimento dura cerca de 20 a 30 minutos e não envolve radiação, o que o torna seguro para pacientes de todas as idades. Após a realização, o médico analisa as imagens para emitir um laudo com os resultados.
Onde fazer ecocardiograma transtorácico em São Paulo?
Se você está em busca de um local confiável para realizar um ecocardiograma transtorácico em São Paulo, a Clínica Acor é uma excelente opção. Localizada no coração da cidade, na Rua Dom José de Barros, 79 – República, a clínica oferece atendimento humanizado e de qualidade, com uma equipe de profissionais especializados em diversas áreas da medicina, incluindo cardiologia.
Na Clínica Acor, você encontra uma estrutura moderna e confortável, com equipamentos de última geração para a realização de exames como o ecocardiograma transtorácico. Esse exame é essencial para avaliar a estrutura e o funcionamento do coração, sendo fundamental na detecção de condições como insuficiência cardíaca, valvopatias e outras doenças cardiovasculares.
O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h30, e aos sábados, das 8h às 12h. Você pode agendar sua consulta pelo telefone (11) 5094-0300 ou pelo WhatsApp (11) 3237-1201. Além disso, a clínica disponibiliza agendamento online através de seu site oficial.